A CUT e as centrais sindicais CTB, Força Sindical e Nova Central
enviaram ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-feira, dia quinze,
um pedido para ingressarem como amicus curiae em processo que julgará a
terceirização na atividade-fim.
O termo significa “amigo da
corte” e permite a participação de entidades que não são parte na ação,
mas tem interesse sobre o tema e contribuições a oferecer.
A
medida refere-se ao Agravo em Recurso Extraordinário (ARE) 713211,
proposto pela empresa Cenibra. A companhia questiona a decisão da
Justiça do Trabalho de impedir a terceirização na atividade principal
(atividade-fim) após denuncia, em 2001, do Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias de Extração de Madeira e Lenha de Capelinha e Minas
Gerais ser confirmada em fiscalização do Ministério Público.
O
órgão constatou que onze empresas do grupo mantinham 3.700 trabalhadores
em situação considerada ilegal pela legislação trabalhista.
Mesmo
com decisões do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais e do
Tribunal Superior do Trabalho favoráveis ao sindicato e ao Ministério
Público, o STF admitiu que o caso fosse julgado como uma ARE.
Isso
significa que não é mais a questão específica que está em pauta, mas
sim se a terceirização sem limites na atividade principal será
permitida, decisão que vai referendar os demais julgamentos no país.
Com
o amicus curie, além de serem ouvidas no processo, as centrais
sindicais cobram a realização de uma audiência pública e a liberdade de
indicarem especialista que comprovem as consequências da contratação de
terceirizados sem qualquer regulação. A decisão cabe agora ao relator da
matéria, o ministro Luiz Fux.
fonte: mundo sindical
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