quarta-feira, 3 de junho de 2015

Setor de serviços do Brasil corta empregos no ritmo mais forte em 6 anos, aponta PMI

SÃO PAULO (Reuters) - A atividade do setor de serviços continuou a se deteriorar em maio por conta da contínua diminuição do volume de novos negócios, o que levou as empresas a cortarem os empregos pelo maior ritmo em seis anos, apontou o Índice de Gerentes de Compras divulgado nesta quarta-feira.
O Markit disse que seu PMI sobre o setor de serviços do Brasil permaneceu em maio abaixo de 50, que separa crescimento de contração, pelo terceiro mês consecutivo ao cair para 42,5 ante 44,6 em abril, menor nível desde 03/2009.
O volume mais baixo de produção foi resultado, segundo os entrevistados, das condições econômicas difíceis e da queda nos níveis de novas encomendas recebidas.
Ao lado do PMI da indústria, cuja contração também se intensificou em maio, o resultado da pesquisa de serviços levou o PMI Composto do Brasil a cair a 42,9 em maio, ante 44,2 no mês anterior, mínima em pouco mais de seis anos.
O volume de novos negócios recebidos pelos fornecedores de serviços caiu pela taxa mais rápida desde 04/2009, sendo vista a queda em todos os subsetores, o que ocorreu pela primeira vez em seis anos.
Com isso, os empregadores procuraram cortar diversos gastos e o nível de empregos caiu pelo terceiro mês seguido, atingindo no mês 5 o nível mais forte desde abril de 2009, com maior evidência na categoria de Transporte e Armazenamento.
"Isso é um mau sinal para o mercado de trabalho e pode, por sua vez, pesar sobre os gastos do consumidor, o que tenderia a reforçar mais ainda a fraqueza na atividade", completou Pollyanna.
As empresas também buscaram repassar aos consumidores os aumentos dos custos e a taxa de inflação de preços cobrados foi a mais alta desde dezembro. O Markit sobressalta relatos de aumentos nos preços de matérias-primas e nas taxas de juros, sendo que os aumentos de custos mais fortes foram vistos nos ramos de Hotéis e Restaurantes e de Transporte e Armazenamento.

Mesmo assim, as expectativas em relação à atividade daqui a 12 meses melhoraram em maio uma vez que os fatores que devem sustentar o crescimento da atividade incluem planos de reestruturação das empresas, expansão no mercado e esperança de ótimas condições econômicas. Mas o grau de otimismo continua muito abaixo da média histórica.

Fonte: Reuters

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