O Governo espanhol afirma que quer ver a AENA Aeropuertos com músculo
para competir internacionalmente, a oposição e os sindicatos garantem
que o intuito do executivo é repartir os ganhos de um negócio que se
tornou rentável e temem que o serviço público saia prejudicado. Seja o modo que for, a privatização de quarenta e nove por cento do capital da sociedade que gere os quarenta e seis
aeroportos e os 2 heliportos espanhóis (e que é proprietária da
maior parte das infra-estruturas) vai mesmo avançar.
O anúncio foi realizado pela ministra espanhola do
Fomento, Ana Pastor, na sexta-feira, e o negócio deverá render aos
cofres públicos cerca de 2450 milhões de euros (tendo em conta a
avaliação de 5000 milhões de euros da AENA apontada pela própria empresa
e que desconta o valor da dívida, que é de cerca de 11.000 milhões de
euros).
O modelo da privatização, a maior em Espanha em quase 2
décadas, prevê que, numa primeira fase, vinte e um por cento do capital da empresa
pública que controla os aeroportos de Madrid e Barcelona passe para a
mão de investidores de referência. Numa fase posterior, os restantes vinte e oito por cento
serão canalizados para o retalho, através de uma Oferta Pública de
Venda (OPV). De acordo com o calendário avançado por Pastor, as acções da AENA
deverão estar a negociar em bolsa já no mês de Novembro.
A intenção de privatizar a congénere espanhola da ANA já tinha sido publicada em 2010, durante a governação de José Luis Zapatero, mas foi
sendo adiada pela conjuntura política e económica. Passados 4 anos,
depois de um difícil processo de reestruturação (que custou 1200 postos
de trabalho) e já com a empresa em números positivos (em 2013 atingiu
um lucro de 600 milhões de euros), o executivo de Mariano Rajoy entende
que chegou a hora de abrir o capital.
fonte: site publico
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