segunda-feira, 16 de junho de 2014

Espanha privatiza 49% da empresa de serviços que gere os aeroportos

O Governo espanhol afirma que quer ver a AENA Aeropuertos com músculo para competir internacionalmente, a oposição e os sindicatos garantem que o intuito do executivo é repartir os ganhos de um negócio que se tornou rentável e temem que o serviço público saia prejudicado. Seja o modo que for, a privatização de quarenta e nove por cento do capital da sociedade que gere os quarenta e seis aeroportos e os 2 heliportos espanhóis (e que é proprietária da maior parte das infra-estruturas) vai mesmo avançar.

O anúncio foi realizado pela ministra espanhola do Fomento, Ana Pastor, na sexta-feira, e o negócio deverá render aos cofres públicos cerca de 2450 milhões de euros (tendo em conta a avaliação de 5000 milhões de euros da AENA apontada pela própria empresa e que desconta o valor da dívida, que é de cerca de 11.000 milhões de euros).

O modelo da privatização, a maior em Espanha em quase 2 décadas, prevê que, numa primeira fase, vinte e um por cento do capital da empresa pública que controla os aeroportos de Madrid e Barcelona passe para a mão de investidores de referência. Numa fase posterior, os restantes vinte e oito por cento serão canalizados para o retalho, através de uma Oferta Pública de Venda (OPV). De acordo com o calendário avançado por Pastor, as acções da AENA deverão estar a negociar em bolsa já no mês de Novembro.

A intenção de privatizar a congénere espanhola da ANA já tinha sido publicada em 2010, durante a governação de José Luis Zapatero, mas foi sendo adiada pela conjuntura política e económica. Passados 4 anos, depois de um difícil processo de reestruturação (que custou 1200 postos de trabalho) e já com a empresa em números positivos (em 2013 atingiu um lucro de 600 milhões de euros), o executivo de Mariano Rajoy entende que chegou a hora de abrir o capital.



fonte: site publico

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